As previsões económicas divulgadas em fevereiro pela Comissão Europeia, consideram que a economia da UE entrou em 2023 numa posição melhor do que a que tinha sido projetada no outono, altura em que Bruxelas apontava para uma contração no quarto trimestre.
De facto, e apesar da continuação da guerra na Ucrânia, tem-se desde essa altura verificado uma evolução favorável da economia, que permite melhorar as perspetivas de crescimento para este ano, e que se devem em grande parte à descida do preço da energia, principalmente do gás, fruto da diversificação das fontes de abastecimento e de uma queda acentuada no consumo.
Em Portugal, “face ao Boletim Económico de dezembro, em 2023, o crescimento do PIB é revisto em alta e a inflação em baixa”. Esta frase, retirada do Boletim Económico do Banco de Portugal de março de 2023, pode ser considerada animadora, tendo em consideração o enquadramento económico do final de 2022. Segundo este Relatório a economia portuguesa deverá crescer 1,8% em 2023, após os 6,7% de 2022 e a inflação deverá reduzir-se gradualmente. A este propósito é de referir que, segundo o INE- Instituto Nacional de Estatística a inflação em Portugal, que atingiu o seu ponto máximo em outubro de 2022 (10.1%) desacelerou em março pelo quinto mês consecutivo, para 7,4%, inferior em 0,8 pontos percentuais à observada em fevereiro, também devido à queda dos preços da energia e dos alimentos, bem como à política monetária do Banco Central Europeu (BCE) através da subida das taxas de juro.
Como temos referido, os indicadores de referência da atividade da Sogilub, são um barómetro da atividade económica o que julgamos mais uma vez se ter verificado neste trimestre.
Assim, no que respeita ao 1.º trimestre de 2023, é de referir que o mercado de óleos lubrificantes novos, tanto globalmente como os que estão sujeitos ao pagamento de ecovalor, embora modestamente, subiu para respetivamente 20.168 toneladas, cerca de 0,4% acima do período homologo (PH) e 16.245 toneladas, cerca de 0,82% acima do PH. No entanto, a descida do ecovalor de 53€/ton para 35€/ton, teve um impacto negativo nas contas da Sogilub de 210 K€, no 1º trimestre em relação ao PH.
Quanto a óleo lubrificante usado recolhido no trimestre, foi de 7.742 toneladas, cerca de 2,7% acima do PH.
As vendas de óleos regenerados e reciclados atingiram as 7.205 toneladas (cerca de 10,5% acima do PH). Destes, 5.763 toneladas (cerca de 15% acima do PH) foram obtidos por regeneração, e 1.442 toneladas por reciclagem (cerca de 5,6% abaixo do PH).
Embora todos os valores dos nossos indicadores se situem acima dos verificados no período homólogo, manifestando uma tendência positiva, ainda é cedo para sabermos como o ano vai decorrer.
Continuam a existir muitas incertezas e o cenário pode mudar rapidamente, estando o futuro está profundamente dependente do desenvolvimento da guerra na Ucrânia, pelo que a Sogilub continuará a gerir a sua atividade com prudência, e segundo os padrões de qualidade de que se orgulha.