Muito gostaríamos de neste espaço de notícia da nossa newsletter, não abordar mais o assunto pandemia, mas trata-se de uma questão incontornável, pelo profundo impacto económico e social que representa.
A difícil resolução deste dilema, passa pela adaptação da sociedade e dos agentes económicos a novas realidades, a novas condições de vida, e à criação de novos hábitos, pois mudaram as prioridades, as disponibilidades e as necessidades.
Os constrangimentos provocados pela ausência do convívio social e a adaptação ao isolamento ou apenas ao teletrabalho, alteraram o tempo de permanência de muitas famílias nos seus lares, daí resultando o desenvolvimento e/ou incremento de algumas actividades e ao decréscimo de outras, sendo exemplo do primeiro caso, a distribuição porta a porta de bens de primeira necessidade, alimentos, medicamentos, serviços de comunicação, e outros, e a diminuição de consumo de combustíveis do segundo.
A segurança relativa à proteção da vida passou a ter uma nova orientação, um novo enfoque, os equipamentos individuais foram incrementados com as máscaras, as viseiras o álcool gel e pelos comportamentos de cada um de nós e das sociedades onde nos inserimos.
Os indicadores ambientais mostraram os efeitos benéficos da diminuição do consumo nos elementos poluidores, mas surgiram também novos resíduos, como as máscaras faciais de proteção, tornando-se necessário recolhê-los e tratá-los. Temos novos desafios a vencer, e nunca foi mais oportuno realçarmos a importância dos vértices do triângulo da Saúde, Segurança e Ambiente, e das suas interações na actividade que desenvolvemos.
Para a Sogilub, manter a continuidade da sua atividade em tempo de pandemia, representou e representa um desafio diário. Se alguns setores do nosso sistema podem continuar a desenvolver as suas funções remotamente, com a maioria dos colaboradores em teletrabalho, como são os casos da aceitação de pedidos para recolha e das tarefas administrativas, uma parte substancial e fundamental do sistema só pode ser efetuado presencialmente, como acontece com a recolha dos óleos lubrificantes usados juntos dos seus produtores, o processamento laboratorial das análises recolhidas, e as operações de tratamento e encaminhamento para destino final adequado.
A manutenção da total cobertura do território nacional, independentemente da paragem parcial de muitas actividades geradoras de óleos lubrificantes usados, e dos diferentes estágios da pandemia nas diferentes áreas geográficas, constitui outra dificuldade com que temos de lidar.
Manter o sistema, a funcionar sem disrupções, manter os níveis de desempenho, e preservar a saúde e segurança dos colaboradores do sistema integrado de gestão dos óleos usados, e de todos os interlocutores onde a operação de recolha é feita, era e é, a grande prioridade de todos. Refletindo sobre as razões pelas quais as alterações impostas foram rapidamente postas em prática, concluímos que tal se deve à existência de regras de Saúde, Segurança e Ambiente já definidas no sistema para os Operadores de Gestão de Resíduos e a implementação de novas regras que foram disseminadas por todos os colaboradores, por via de formações e de sensibilização que incutem a adopção destas boas práticas.
O facto de todos terem interiorizado esses conceitos, leva a que, por exemplo, o uso de máscara e viseira seja considerado um complemento ao normal Equipamento de Proteção Individual, e que se compreenda e respeite a necessidade de manter o distanciamento físico e todas as medidas de higiene que fazem parte do procedimento atual.
Se todos adotarmos comportamentos e atitudes corretas, iremos conseguir ultrapassar o maior desafio sanitário que se colocou à Humanidade nos últimos 100 anos, porque o óleo tem mais vidas, mas nós só temos esta.