Nesta edição abordamos um assunto que nos parece de extrema importância para o planeamento das acções futuras da nossa actividade.
À entidade gestora de um resíduo, cabe também acompanhar a evolução da sociedade e a maior ou menor utilização dos produtos que dão origem a esses resíduos, no sentido da criação de soluções cada vez mais equilibradas sob o ponto de vista, económico, ambiental e social.
Atendendo à significativa percentagem que os óleos de motor representam na quantidade total de óleos por nós recolhidos e tratados, é evidente que o aumento também significativo e crescente de Veículos Eléctricos comercializados e em circulação, que não possuindo motor de combustão interna, não precisam de óleos de lubrificação para o motor, usando apenas uma pequena quantidade de massa lubrificante e outros produtos secundários, irá, a médio e longo prazo, ter um impacto crescente na nossa actividade.
Aliás esse impacto far-se-á também sentir a montante da nossa actividade, não só na redução significativa da procura de alguns tipos de óleos, como os de motor, de transmissões, óleos usados na indústria metalúrgica e anti-corrosivos, como no aumento de procura de alguns outros produtos, como as massas lubrificantes, que irão decerto crescer em volume.
Surgirão igualmente outras aplicações e novas tecnologias a que será necessário dar resposta e que obrigarão os fabricantes a desenvolverem novos lubrificantes e a encontrar novas soluções, que respondam às características específicas dos Veículos Eléctricos, como a existência de campos electromagnéticos e a necessidade de isolamento.
A evolução do mercado dos veículos eléctricos perspectiva um desafio a ter em conta nas várias vertentes do Sistema de Gestão deste fluxo específico.
Porque o óleo tem mais vidas.