A pandemia de COVID-19 tem vindo a ter consequências devastadoras, não só na saúde mundial como também na economia global e o sector petrolífero não é excepção.
As importações de óleo base de Grupo II para a União Europeia permaneceram marginalmente abaixo da quota semestral de 200.000 toneladas, estabelecida pela Comissão Europeia em Novembro de 2019. Segundo dados divulgados pela Comissão, as importações das categorias de viscosidade 150, 220 e 600 vindas dos Estados Unidos da América e dos Emirados Árabes Unidos perfizeram um total de 183.032 toneladas.
Apesar das contestações demonstradas por alguns produtores de óleos base e pela União da Indústria Europeia de Lubrificantes (UEIL), que consideraram que o limite de 200.000 toneladas seria demasiado baixo, no advento da pandemia de COVID-19, este não foi atingido.
Da mesma maneira que as importações de óleos base de Grupo II na Europa diminuíram no primeiro semestre de 2020, também a produção de óleos base nos EUA tem vindo a baixar. Comparativamente com as médias dos cinco anos anteriores para o período homólogo, a produção norte-americana de óleos base foi 13,2% inferior em Abril de 2020 e 13,3% em Março. O maior declínio, até à data, verificou-se no mês de Fevereiro, com uma queda de 20% na produção de óleos base.
A queda na produção de óleos base deve-se, em parte, à queda na procura, uma vez que, devido ao período de confinamento, as deslocações e o fluxo de transportes se reduziram drasticamente. Para além disso, muitas fábricas optaram também por diminuir a produção como forma de reduzir custos.
Também na Ásia se verificam quebras na indústria. No Japão, as vendas domésticas de óleo lubrificante caíram 27% em volume, em maio, quando comparado com o mesmo mês de 2019, enquanto a produção diminuiu 16%, segundo dados publicados pela Associação Petrolífera do Japão e pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria. Para além das vendas domésticas, também as importações e exportações de óleos lubrificantes caíram 28% e 31%, respectivamente.