É incontornável que o tema da pandemia global que, directa ou indirectamente afectou as nossas vidas e o nosso sistema económico, continue a merecer o destaque do “Em Foco”.
A paralisação social que vivemos, levou inevitavelmente a um período de forte recessão económica global, a que Portugal não passou incólume, muito pelo contrário. Disso é exemplo a segunda vaga da pandemia logo a seguir ao verão de 2020, que obrigou à tomada de medidas mais severas de confinamento, dai resultando, entre outras consequências, a contração das exportações e do consumo, que penalizaram ainda mais os setores do turismo, do comércio e da restauração, o que se veio a refletir numa queda de 7,6% do PIB nacional (INE).
Passada a tempestade que sobre nós se abateu, todos ansiamos pela bonança, isto é, por um regresso a uma vida social cada vez mais próxima da que usufruíamos antes da pandemia, e por uma rápida e sustentável recuperação económica.
Parece-nos que estamos no bom caminho, senão, vejamos. Segundo dados oficiais, Portugal está prestes a tornar-se no país mais vacinado do mundo, registando atualmente mais de 78% da população com a vacinação completa e apenas 7% aguardando a segunda dose, sendo que 92% da população acima dos 25 anos já se encontra vacinada. Ao ritmo de vacinação atual, espera-se que dentro de semanas, 85% da população nacional esteja totalmente vacinada, o que decerto se refletirá no processo de desconfinamento, fundamental para a abertura plena de todas as actividades económicas.
No que diz respeito ao emprego, e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego situou-se no segundo trimestre deste ano nos 6,7% menos quatro decimas que no período anterior (7,1%) significando que o emprego subiu e ultrapassou o valor registado no segundo trimestre de 2019, isto é, o nível que se verificava antes da crise.
Quanto ao PIB, e segundo dados do INE, cresceu 4,9% em volume no segundo trimestre de 2021, compensando assim a taxa de variação negativa (-3,2%) então verificada, fruto de um confinamento geral devido ao agravamento da pandemia, a que se seguiu uma reabertura gradual da economia a partir de meados de março.
O mercado total dos combustíveis rodoviários líquidos em 2021, apesar de apresentar valores das vendas acumuladas que ainda se encontram muito aquém dos de 2019, subiu 32,3% em relação ao trimestre homólogo e 28,3% em relação ao 1.º trimestre.
O mercado de lubrificantes, que é também um bom indicador do vigor da atividade económica, e que sofreu um forte impacto negativo, tendo registado em 2020 uma contração de mais de 7% em relação a 2019, apresenta no final do primeiro semestre de 2021 sinais animadores, com uma recuperação de cerca de 20% quando comparado com o período homólogo.
A recuperação referida impacta positivamente nos óleos usados recolhidos e consequentemente nas quantidades tratadas e valorizadas, dai resultando um acréscimo significativo dos óleos base gerados.
Todos estes indicadores apontam para que se esteja no bom caminho para a concretização da recuperação económica, que esperemos seja sólida e sustentada ao longo do ano, e se venha a expressar firmemente em 2022.
É esta a nossa expectativa, e é com redobrada energia que continuaremos a exercer a nossa atividade…
Porque o óleo tem mais vidas.