Como é por todos sentido, o enquadramento económico tem-se vindo a deteriorar significativamente, devido aos aumentos da inflação e das taxas de juro, fazendo diminuir o rendimento disponível das famílias e agravando as condições de financiamento da economia.
Embora o Boletim Económico do Banco de Portugal de outubro de 2002, indique que “as pressões inflacionistas permanecem elevadas na segunda metade do ano”, aponta “alguns sinais de alívio” e estima que a variação no índice de preços tenha atingido “o ponto máximo no terceiro trimestre (9,5%)”, “diminuindo ligeiramente no final do ano”, o que permitirá um crescimento da economia um pouco mais robusto do que tinha sido previsto anteriormente, fruto, em grande medida, da recuperação do turismo e do consumo privado.
No que respeita aos indicadores da nossa atividade, referentes ao 3.º trimestre, é de referir que o mercado de óleos lubrificantes novos, tanto globalmente como os que estão sujeitos ao pagamento de ecovalor, subiram, para respetivamente 18.408 toneladas (cerca de 7,7% acima do período homólogo), e 15.205 toneladas (cerca de 9,6% acima do período homólogo).
Quanto a óleo lubrificante usado recolhido no trimestre (7.532 toneladas), embora se situe 2% abaixo do período homólogo de 2021, situa-se acima da taxa de recolha estabelecida. Em valor acumulado foram recolhidas 22.126 toneladas, versus as 21.903 toneladas recolhidas em 2021, que foi um ano extraordinário em termos de recolha.
As vendas de óleos regenerados e reciclados (6.425 toneladas) acompanharam os óleos recolhidos, situando-se no seu conjunto igualmente 2% abaixo relativamente ao período homólogo de 2021, dos quais 4.951 toneladas (cerca de 4,6% abaixo) foram obtidos por Regeneração, e 1.474 toneladas (cerca de 8,5% acima), por Reciclagem. De assinalar que, fruto da conjuntura internacional, os preços de venda dos óleos usados pré-tratados continuam em alta, tendo atingindo máximos históricos neste trimestre.
Também em termos de valores acumulados até ao final do 3.º trimestre, o mercado de óleos novos sujeitos a ecovalor situou-se nas 48.247 toneladas (cerca de 4,5 % acima do período homólogo de 2021, e o Mercado Global nas 59.410 t (cerca de 3,3 % acima).
Não é expectável que os tempos que se avizinham sejam fáceis, mas continuaremos a encarar os desafios com determinação e responsabilidade. Tudo faremos para cumprir o Plano de Atividades que recentemente enviámos à APA e à DGAE, e para continuar a atingir os nossos objetivos, com os mesmos níveis de desempenho e eficiência.