Entrevista – A Sogilub Apresenta…

Nesta edição conversámos com a Repsol e ficámos a conhecer um pouco melhor a sua atividade, posicionamento e estratégia. Descobrimos uma empresa que assegura soluções inovadoras, personalizadas e com grande comprometimento com o ambiente.

Sogilub (S) – Fale-nos um pouco da REPSOL e da sua atividade: percurso, estratégia, principais atividades, o que vos diferencia no sector.

Repsol (R) – A Repsol é uma companhia multienergética, líder na Península Ibérica, que apresenta hoje uma posição consolidada no mercado nacional, apresentando aos Clientes propostas de valor acrescentado numa ampla gama de soluções energéticas cobrindo as suas necessidades, tanto no segmento B2B como no segmento B2C. A Repsol possui uma das principais redes de Estações de Serviço em Portugal, com mais de 500 pontos de venda, presente em todos os distritos de Portugal e nas ilhas, disponibilizando desta forma uma oferta personalizada a cada Cliente. Mais recentemente passou a comercializar combustível 100% renovável, um combustível de fórmula exclusiva Repsol, produzido a partir de resíduos orgânicos, capaz de reduzir a pegada de carbono até 90% e já disponível em mais de 20 Estações de Serviço. Esta oferta é complementada por lubrificantes de última geração, com uma gama dedicada aos veículos elétricos (EV-Fluids), disponibilizando ainda uma ampla rede de GPL e de carregadores elétricos. Neste segmento, disponibilizamos ainda Eletricidade e Gás com ofertas muito competitivas para o mercado doméstico e gás embalado.

No B2B, a Repsol é já reconhecida como um parceiro de referência nos diferentes setores económicos com necessidades energéticas, nomeadamente, combustíveis tradicionais, gás, lubrificantes, asfaltos, mobilidade elétrica e soluções de eletricidade e gás para os clientes empresariais. Foi também a primeira companhia em Portugal a comercializar, para o segmento profissional, uma oferta de Diesel 100% renovável, uma clara aposta para atingir o objetivo de descarbonização.

No que aos Lubrificantes diz respeito, sendo o negócio mais internacional da REPSOL, marca já presença em mais de 90 países. Desta presença internacional destacamos os 3 grandes hubs produtivos, em diferentes geografias (Espanha, México e Indonésia), que nos garantem a eficiência logística para disponibilizar os nossos produtos nos 4 cantos do mundo.

No REPSOL TECH LAB, que conta com mais de 200 investigadores, desenvolvemos diariamente os produtos Repsol para garantir a melhor performance de funcionamento dos diferentes equipamentos, assegurando sempre as soluções mais adequadas às necessidades de lubrificação dos nossos clientes.

 

S – Como caracteriza o mercado dos lubrificantes em Portugal? Quais as principais oportunidades e desafios?

R – O mercado de lubrificantes em Portugal é um mercado que deverá ser analisado tendo em conta as suas especificidades. Nomeadamente na sua dimensão, falamos de um mercado relativamente pequeno e bastante maduro. Apesar da Repsol ser um operador consolidado neste mercado está atenta a todas as oportunidades que permitam continuar a consolidar a sua presença, enquanto marca de referência em lubrificantes. Seguiremos apostando continuamente no desenvolvimento de produtos e serviços que continuem a acrescentar valor ao negócio dos nossos clientes. Temos o objetivo ambicioso de descarbonização e também o negócio de lubrificantes está a trabalhar em produtos cada vez mais eficientes e amigos do ambiente, que conta já com uma gama de produtos neutros em carbono.

 

S – Considerando a experiência da REPSOL, que tem ligação com a Sogilub desde o início do sistema, qual é para vós a importância da adesão ao SIGOU e como vê a interação com a Sogilub?

R – A adesão ao SIGOU e a interação com a SOGILUB é fundamental, no que diz respeito à garantia de uma gestão eficiente e eficaz dos óleos usados. Esta interação permite a garantia de segurança na gestão e tratamento dos resíduos dos produtos lubrificantes, algo essencial na estratégia de atuação da Repsol nos diferentes mercados onde está presente: o respeito integral pelo ambiente e a salvaguarda dos meios onde atua.

 

S – Como avalia a evolução do desempenho da Sogilub ao longo do tempo?

R – A Sogilub tem vindo a assumir um papel cada vez mais relevante desde a implementação do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados, a caminho de completar 20 anos de existência. Essa relevância assenta na qualidade da comunicação com todas as partes interessadas, a qual permitiu uma evolução de comportamentos, principalmente por parte dos produtores de óleos lubrificantes usados e na monitorização e manutenção do funcionamento do sistema. Outro aspeto relevante são as ações de sensibilização, comunicação e educação levadas a cabo pela SOGILUB para a divulgação do SIGOU, tais como a Comunicação e atribuição de Selos e Certificados Ecolub, Formação dos motoristas e outros intervenientes das empresas de recolha de óleos usados, Campanhas publicitárias diversas e divulgação da Newsletter digital trimestral.

 

S – E em comparação com a nossa congénere espanhola, SIGAUS, encontra pontos de convergência no funcionamento dos sistemas português e espanhol?

R – Tanto a SOGILUB como o SIGAUS partilham na sua Missão facilitar o cumprimento legal e ambiental às empresas, através de um Sistema Integrado de Gestão que garanta a gestão eficaz e eficiente dos óleos lubrificantes usados. Ambos os sistemas estão bastante alinhados no que diz respeito ao seu funcionamento e na defesa de Valores como o Compromisso com o Ambiente, a Eficiência económica, a Representatividade, a Transparência e Colaboração (através de ações de sensibilização, comunicação, educação e investigação e desenvolvimento) e de uma forma alargada o Compromisso com a Sociedade em geral.

 

S – Qual a sua opinião sobre a forma como a Sogilub comunica convosco? O que acha que pode ser melhorado?

R – A comunicação com a SOGILUB, através de diferentes canais, tem sido sempre eficaz, clara e transparente, graças à disponibilidade dos profissionais para atender a qualquer situação em que haja necessidade de resolver um assunto.

 

S – Como avalia o portal https://www.sogilub.pt/ e a plataforma de declarações eletrónicas sogilub.net?

R – A digitalização é uma presença constante que veio melhorar de forma clara os nossos processos de trabalho. No caso das plataformas da SOGILUB este objetivo está a ser conseguido, dado que toda a informação necessária se encontra disponibilizada de uma forma ordenada e fácil de obter por cada um dos intervenientes no sistema. Consideramos contudo relevante que o foco na digitalização e na simplificação de processos seja para a SOGILUB um processo de melhoria continua.

 

S – Existem algumas ações no âmbito da Economia Circular, que sejam desenvolvidas pela REPSOL e que gostasse de referir?

R – A Repsol foi a primeira empresa do setor a assumir o compromisso de zero emissões líquidas até 2050. Este objetivo estratégico lança desafios ambiciosos a todos os departamentos e negócios da companhia. Particularizando ao nível dos lubrificantes destacamos 3 vetores que acreditamos que sejam fundamentais para cumprir com sucesso a transição para a neutralidade carbónica: fundamentais para cumprir com sucesso a transição para a neutralidade carbónica:
i) modernização dos complexos industriais, promovendo a economia circular, minimizando a utilização de recursos energéticos e desperdícios;
ii) incorporação de matérias-primas reutilizadas na formulação de determinadas gamas de lubrificantes, incluindo a utilização de bases regeneradas provenientes da cadeia de tratamento de óleos usados;
iii) modernização ao nível das embalagens, para além da promoção das políticas de logística inversa, avançámos já com a incorporação de 60% de plástico reciclável nas embalagens de lubrificantes. Estes são alguns exemplos de ações que já se encontram implementadas na cadeia de produção dos nossos produtos lubrificantes em resultado de uma estratégia contínua de promoção da economia circular.

S – Tendo em consideração que a REPSOL se relaciona com outras Entidades Gestoras de Resíduos não só em Portugal, que desafios futuros, do seu ponto de vista, se colocam às Entidades Gestoras em geral, e à Sogilub em particular?

R – Julgo que os desafios futuros passarão pela cada vez maior digitalização dos processos, tendo em conta que a regulamentação se encontra em constante mudança, e por uma comunicação cada vez mais simplificada e abrangente, recorrendo também às redes sociais, com foco na desmistificação da utilização de bases regeneradas e na qualidade dos lubrificantes. As novas formas de comunicação serão uma importante oportunidade para que tenham impacto na consciencialização dos diferentes operadores sobre a importância da gestão adequada de resíduos.