O aumento demográfico é um problema muito sério que o Mundo enfrenta.
Para que tenhamos uma ideia da sua dimensão, será de referir que a população mundial, que em 1950 se situava nos 2,5 bilhões de pessoas, era superior a 6 mil milhões em 2000, rondando atualmente os 7,7 mil milhões. Segundo projeções das Nações Unidas, deverá chegar aos 8,5 mil milhões em 2030, e aos 9,7 mil milhões em 2050. Isto é, em 100 anos, a população quase que quadriplicou.
A sobrepopulação é pois, a principal causa da maioria dos problemas mundiais, quer em termos de escassez alimentar e de água potável, quer em termos energéticos.
Durante muito tempo a nossa economia foi linear, isto é, as matérias-primas eram utilizadas para fazer um produto que, após utilizado era “deitado fora”, não sendo portanto reaproveitado, e com todas as consequências nocivas para o ambiente.
Sem dúvida que, para garantir a sobrevivência e a prosperidade humanas, é absolutamente imprescindível mudar de uma economia linear para uma economia circular.
Outro aspeto a que deve ser dado o devido relevo, é à eficiência energética. Naturalmente que um mundo cada vez mais populoso, precisa de cada vez mais energia. Claro que havendo uma transição para energias que provoquem menores libertações de gases de efeito de estufa, se está a mitigar o problema, mas, como se sabe, estamos ainda muito longe de, à escala global, ter soluções sustentáveis para todas as utilizações energéticas, desde a extração das matérias primas à sua transformação e distribuição. A melhor energia, é a que não se consome, o que em grande medida depende de cada um de nós, e não de determinações legislativas ou de desenvolvimentos tecnológicos.
Será preciso um reforço significativo, à escala global, por parte de todos os atores económicos e políticos, passando pelos consumidores, para ultrapassar este desafio, utilizando todas as possibilidades e tecnologias capazes de contribuir para a descarbonização da economia, bem como o reforço dos princípios da economia circular e de eficiência energética, de forma custo-eficaz e socialmente sustentável.